sábado, 20 de abril de 2013

Sem tv, mas com muita paixão

Mais um domingo "à antiga", com futebol às 16h em dia de dérbi. 
É verdade que sempre criticamos os horários impostos pela televisão por não terem em conta o principal que são os adeptos, por não se preocuparem minimamente em transmitir imagens desoladoras de bancadas vazias de estádios que nunca enchem e que tenham sido uns dos principais responsáveis por aquilo em que se tornou o futebol português. Mas não deixa de ser absurdo que um dérbi, e pela segunda vez esta época, não seja reconhecido como um jogo de cartaz, sendo preterido em relação a, por exemplo, um Olhanense x V. Guimarães (e até um Moreirense x FCP, mas os "monstros sagrados" já sabemos que são intocáveis). 
Nunca fui assinante, prefiro pagar quotas e ajudar o meu clube e gostava que as pessoas tomassem consciência do que se passa no nosso futebol e agissem em conformidade (e como nós estão outras 12 equipas da I Liga), lutando por uma maior justiça e por mudanças num futebol que não se quer tricéfalo.
Aproveitando a onda, não posso também deixar passar a indignação com dirigentes que em nada honram o futebol. 
Quando no jogo nos Barreiros se colocam os bilhetes a 12,5€, reconhecendo as dificuldades actuais e não privando ninguém do espectáculo e da festa que "devia" ser o futebol, não faz sentido e é uma atitude muito pouco digna inflacionar o valor dos bilhetes para 20€, tentando prejudicar os adversários mesmo que para isso também tenham que pagar os seus próprios adeptos. 
Mas essas atitudes ficam com quem as tomam. Há gente que não sabe estar no futebol e isso também tem ajudado ao panorama actual. 

Em relação ao jogo, é um dérbi, é sempre imprevisível e emocionante. 
Nove pontos nas cinco finais que nos restam poderão ser suficientes para atingir os nossos objectivos e se pontuarmos nos dois próximos encontros tanto melhor e ou ganhamos confiança para o que resta ou ficamos sem qualquer margem de erro nos últimos três jogos.
Em relação à equipa Pedro Martins terá um grave problema no meio-campo para substituir D. Simão já que Olberdam e Semedo têm pouco ritmo e são as únicas opções para o lugar.  
Vamos ter que trabalhar muito para podermos repetir as imagens da primeira volta. 
A pressão está do lado rival que tenta salvar a época neste jogo. Espera-se que a equipa se mostre coesa e, sobretudo, concentrada durante os 90 minutos - não podemos deitar a perder um jogo e pontos como aconteceu na época passada. 
De resto, só nos resta o cliché, que seja um grande jogo e que ganhe a melhor equipa (que todos torcemos para que seja o C. S. Marítimo). 

P.S.:
Podem enviar a vossa missiva, que terá maior impacto se acompanhada por um pedido de cancelamento do respectivo canal, para: 
Parque das Nações - Edifício SPORT.TV
Alameda dos Oceanos - Lote 2.08.01 - 2º
1998-024 Lisboa


A não perder também a nossa equipa B às 11h em Santo António. 
Sócios - entrada livre; Não-sócios - 6€ (central) e 4€ (poente/ nascente);

9 comentários:

  1. Já tinha saudades destas publicações à Irredutível. Um bem-haja!

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  2. Acaba sendo um pouco mau pois tem quem gostasse de acompanhar o jogo e terá de fazê-lo de idêntica maneira como quando jogamos em Olhão ou no Sado, através da rádio. Espero que seja o jogo em destaque na rádio, pois já aconteceu querer ouvir o jogo do Marítimo e apenas sabia de algo quando marcavam. Acho que até foi com o Gil Vicente em Barcelos.

    Não deixa de ser caricato. Nem o Porto em Moreira de Cónegos será mais interessante, de longe. Mas haveremos nós algum dia de perceber os critérios deste canal? Interessa somente os adeptos estarem lá em peso pois a meu ver, se a equipa jogar com a garra dos adeptos, vamos golear.

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  3. Concordo quando diz que o preço dos bilhetes está inflacionado. É uma grande erro, porque o Nacional lucraria mais vendendo 1000 bilhetes a 10€ do que 100 a 20€. No entanto, não me venham com esses moralismos porque quando vamos aos Barreiros nunca somos bem recebidos. Ainda este ano censuraram-nos tudo o que era bandeiras, tarjas e material de apoio ao Nacional. Ficou tudo na rua. Claramente falta de fairplay e desportivismo.

    Cumprimentos e que ganhe o melhor ;)

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    1. Se a claque ou as claques não estão legais é normal que o material tenha ficado na rua. No Marítimo a única claque legalizada é o Esquadrão, a esses na Choupana não podem certamente proibir nada no que diz respeito a material.

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    2. Meu caro amigo, não sei se conhece mas neste país, e já há alguns anos, criou-se uma lei "para o combate à violência, racismo e xenofobia da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD)" que obriga a que os grupos de apoio organizado estejam registados no, coincidência das coincidências, C.D.N. (Conselho Nacional de Desporto).
      Ora esta lei, muito contestada, dá azo a várias interpretações que poderão levar a que sejam proibidos à entrada material com referências a grupos organizados (e, lá está, não legalizados).
      Não é uma questão de perseguição porque acontece o mesmo com as claques "ilegais" do Marítimo, é, quando muito, uma questão de interpretação da lei feita pela segurança ao jogo.

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    3. Realmente deve ser só nos Barreiros porque é conhecida a legião de fãs que arrasta o nacional de norte a sul do país, sendo notório que são bem recebidos em todo o lado já que não fica nada à porta e assim vemos as bancadas visitantes sempre muito preenchidas com "bandeiras, tarjas e material de apoio".

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  4. Foi o único estádio neste país onde isso nos aconteceu. Arena do 3º mundo.

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    1. Estou muito satisfeito e grato por esta "Arena do 3º mundo" e não a trocava por nada.

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  5. Olha o irredutivel calado à 5 dias.Foi uma ressaca dupla --- Choupana e Catedral.

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