Nome completo: Paulo Autuori de Melo
Data de Nascimento: 25 de Agosto de 1956 (55 anos)
Função: Treinador
Épocas no Marítimo: 1991 a 1995
Diz a bíblia que Jesus Cristo tinha 33 anos quando foi crucificado. Na próxima temporada, o Marítimo partirá para a sua 33ª presença no escalão maior do futebol português. E, na bíblia maritimista, essas 33 presenças podem ser divididas em duas eras: antes de Autuori (A.A.) e depois de Autuori. (D.A.). Na era A.A, o Marítimo era um clube que jogava pelo seguro, ou seja, lutava sobretudo para não descer de divisão e tinha uma dimensão praticamente regional. Depois, chegou Paulo Autuori e tudo muda.
Na primeira temporada do treinador brasileiro, em 1991/92, o clube atinge um sétimo lugar, algo inédito até então. Na época seguinte, acontece a tão ansiada primeira presença europeia dos verde-rubros nas competições.
Quando este feito aconteceu, Autuori tinha apenas 37 anos. Era um jovem técnico promissor.
Antes de chegar ao Marítimo, tinha orientado o Guimarães e passou por uma fase negra na carreira ao serviço do Nacional, levando o nosso rival pela primeira vez à I Divisão.
Era um filósofo do futebol de ataque e no seu dicionário não existia a palavra contenção. Não se intimidava perante nenhum adversário, jogando sempre de igual para igual, quer o oponente se chamasse Amora ou Juventus.
Essa filosofia custava alguns pontos, mas também vitórias inesquecíveis, como aquela sobre o Boavista (3-2), em que se festejou a primeira qualificação europeia. Nessa partida, o treinador brasileiro arriscou tudo, colocando em campo Paulo Alves (avançado) para o lugar de João Luís (defesa-central) e virando um resultado que era desfavorável. Duas jornadas antes, o nosso clube deu um banho de bola ao Sporting, vencendo por 4-2.
A mentalidade imposta tinha uma teoria simples: tudo pelo espetáculo e tudo pelo golo. E os números não mentem. 56 golos, o quarto melhor ataque da prova. Os jogadores interpretaram as teorias do treinador como verdadeiros artistas, nomeadamente o tão afamado trio maravilha, composto Jorge Andrade, Edmilson e Ademir.
Pela mão de Autuori, o Marítimo qualificou-se por duas vezes para a Taça Uefa. E, como não há duas sem três, o técnico brasileiro fez mais uma vez história no nosso clube, garantindo a primeira presença no Jamor.
Em suma, no período A.A. o Marítimo era um clube de dimensão regional. Com o começo da era D.A., o Marítimo passou a ser uma das melhores equipas de Portugal e atravessou fronteiras, ganhando uma dimensão europeia.
Nota: Em minha opinião, o melhor treinador que o Marítimo já teve.
Belos tempos do Autuori no GRANDE NACIONAL!!!!!
ResponderEliminarAcredito que sim. Mas os tempos dele no Marítimo foram melhores :)
ResponderEliminarGrande Nacional? Nos anos 80?
ResponderEliminarParece que há alguém que andou muito distraído nas aulas de história.
Bom texto MGP, Parabéns!! Paulo Autuori é sem dúvida dos treinadores que mais marcaram a história do CSM das últimas duas décadas. Nelo Vingada e Pedro Martins, a meu ver também têm lugar no pódio.
ResponderEliminarA Madeira não necessita de dois clubes na primeira liga, temos de obrigação de poupar. Vamos acabar com o Marítimo e deixar o único clube que representa a Madeira, o Nacional. (Ou menos já fomos a fase de grupos da Liga Europa) e vocês? e isto para não falar que têm adeptos vendidos aos 3 grandes.
ResponderEliminarAfinal o "PortoSempre" é também adepto do nacional. Está tudo explicado.
ResponderEliminarNada de novo visto que esta discussão não acontece na Choupana, lá por cima aceita-se com toda a naturalidade o apoio a dois clubes. Viram as imagens dos festejos na Av. do Mar? Foi um bom exemplo daquilo que eu estou a falar.
E já agora, mude a cassete, essa da fase de grupos já está gasta. O Marítimo já se apurava para as competições da UEFA antes de existir fase de grupos, chegando a uma fase da competição que, se formos a comparar com o formato actual, está à frente da fase de grupos.
Tenho pena que esta situação, esta discussão, não seja também levada a sério pelos adeptos do nacional. É das poucas coisas em que deveríamos estar unidos, mas assim não o entendem.
E digo-lhe mais, se é para isto, se os clubes da região servem apenas para ser usados por conveniência então que acabem com eles porque não faz sentido o esforço que meia-dúzia faz para estar há décadas na I Liga.
Se fosse para haver um clube único era o Marítimo. Ao contrário do que você diz, os maritimistas não são vendidos aos três grandes. Esta temporada, a média de adeptos ronda os 4 mil em cada jogo, quer seja contra os clubes do sistema ou contra o Feirense e Leiria. E do seu clube, com um estádio com capacidade para quase oito mil pessoas, chega aos mil nos jogos com os ditos pequenos?
ResponderEliminarE os adeptos do Marítimo não têm problemas em assumir que são do Marítimo, quer a equipa estivesse na I Liga ou III Divisão. Ao contrário de muitos adeptos alvinegros que andaram escondidos na toca durante quase duas décadas.
E já agora, da próxima identifique-se. Só os cobardes não assinam.