"Quem
não viu, não percebe o que se passou." Rafael Miranda
"É muito complicado explicar o se passou aqui. Fizemos um bom jogo, dominámos no meio campo adversário mas não fomos objetivos na concretização. Depois, fomos muito condicionados pelos critérios da arbitragem. No primeiro golo não há falta para penalty, o que nos penalizou logo com cartões a Roberge e Diogo Simão. Além disso, na segunda parte, todas as jogadas confusas na área do Gil eram sancionadas contra nós.
[João Ferreira] Não penalizou algumas faltas que eram merecedoras de cartões e, a culminar, a expulsão de João Vilela é injusta. O resultado é este, parabéns ao Gil Vicente, mas é um resultado enganador." Pedro Martins
"Barcelos viu o
estranho e injusto lado do futebol
Se o Marítimo pudesse recorrer
desta sentença, ganharia em qualquer instância e em qualquer tribunal. No futebol isso não é possível, todos sabemos, e apenas os golos
vinculam o destino dos envolvidos. Mas a ideia mais forte tem de ser esta, sem
ponta de exagero: o Gil Vicente venceu 4-2 e, provavelmente, nem o empate
justificou.
Há um lado misterioso, estranho, indecifrável neste maravilhoso
desporto. Um lado onde justiça e injustiça andam de mãos dadas e, não raras
vezes, se confundem. Esse lado teve presença decisiva em Barcelos e ajudou a
construir um resultado absolutamente inexplicável.
O Marítimo teve mais bola, ocasiões de golo, qualidade de jogo e sai
vergado a uma derrota pesadíssima. O Gil venceu, trabalhou imenso e foi
terrivelmente eficaz. Em cinco oportunidades fez quatro golos e maquilhou uma
exibição pobre, insegura e claramente montada no contra-ataque.
Repetimos: não é fácil explicar a evolução do marcador e o desfecho do
mesmo. O Gil viu-se a ganhar bem cedo no jogo, através de um penalty marcado
por João Vilela (falta de Roberge sobre Hugo Vieira) e, desde esse momento,
entregou por completo a posse de bola ao Marítimo.
Os insulares ameaçaram pela direita, foram pela esquerda, tiveram um
David Simão enorme e um Suk a falhar por duas vezes o empate. Cruéis, os galos
não quiseram saber disso e, mesmo em cima do intervalo, fizeram o segundo.
Canto de Paulo Jorge, remate forte de Luís Carlos.
Quando o Marítimo reduziu, também de penalty, faltavam 40 minutos para o
fim e todos os presentes sugeriram que os insulares iam chegar à
reviravolta. Tudo apontava para isso, de facto. O meio-campo do Gil não tinha
intensidade, dinâmica, qualidade no passe e os madeirenses esmagavam o oponente
contra as cordas.
Eis que, sem aviso prévio, Paulo Jorge inventa uma jogada fabulosa e
entrega de bandeja o terceiro do Gil Vicente a Hugo Vieira. Quase no lance
seguinte, o mesmo Hugo Vieira voltou a encostar para golo, desta vez a passe de
João Vilela.
Em dois minutos toda a lógica reinante foi arrasada pela realidade muito
própria do futebol. O Gil manteve-se imune aos encantos insulares e essa terá
sido a sua principal virtude. Aguentou
o mais que pôde, aparentou um sofrimento atroz e, em dois golpes furiosos,
reclamou a coroa.
Sentença injusta, sim, mas inapelável. O
Gil conquista três preciosos pontos na luta pela manutenção. " por
Pedro Jorge da Cunha in "Mais Futebol"
Muito triste com este resultado. Houve certamente critérios por parte do árbitro muito deficientes. No entanto esta derrota poderia muito bem ser outro resultado, era um jogo de 3 pontos. Não vimos (apenas um breve resumo), apenas ouvimos, mas fica a ideia de que poderia ter sido feito mais qualquer coisa. Agora com a chegada do Heldon pode ser que a coisa mude... Fugiu uma bela oportunidade de Suk dar um ar da sua graça. Marítimo sempre!
ResponderEliminarTenho que me fiar no que escreveu o jornalista do "Mais Futebol" e se assim foi, tivemos azar no jogo, um árbitro manhoso e alguma "azelhice", mas parece que tudo fizemos para dar a cambalhota no marcador depois de entrarmos a perder.
ResponderEliminarQue a injustiça deste resultado sirva como grito de revolta no balneário e que a chegada de Heldon, motivado com a prestação na CAN possa também motivar ainda mais a equipa para um resto de Liga mais regular.
ResponderEliminarSegue-se agora uma deslocação a Alvalade. Penso que com o Heldon teremos argumentos suficientes para a aproximação aos lugares europeus. Já não é a primeira vez que desperdiçamos excelentes oportunidades para o fazer. A margem de erro está a reduzir... Que saudades da época passada...
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