quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Será que?





Aproveito o jogo contra o Newcastle para continuar a saga, para continuar a martelar na mesma tecla até que seja ouvido, até que consiga quebrar a barreira da vossa indiferença. 

Será que os adeptos do Newcastle (um clube que até poderíamos comparar ao Marítimo em termos de Liga Inglesa, pelos resultados desportivos), conhecidos como os mais fervorosos e apaixonados da "Premier League", apoiam um 2º clube? 
Será que o "St. James' Park" fica dividido no apoio quando o Manchester United, Liverpool ou Chelsea por lá jogam? 
Será que se dizem "Proud Geordies" e mudam de camisola consoante a ocasião?
Será que em Inglaterra os jornais desportivos só dão cobertura a três ou quatro equipas deixando de fora, por exemplo, o Newcastle? 
Será que os programas sobre futebol na tv inglesa são feitos por bandalhos de três clubes, ignorando os restantes? 
Será que existem clubes a receber uma larga fatia do bolo dos direitos televisivos, ficando outros, como o Newcastle, com os restos? 
Será que é por tudo isto que a Liga Inglesa (a par da Alemã) apresenta, jogo após jogo, estádios cheios, por oposição à I Liga em que a média na maior parte dos jogos é de mil espectadores? 
Será que em Inglaterra existe apenas o interesse em servir três clubes, ou lutam por defender o espectáculo, por criar condições para todos os clubes, por respeitar todos por igual? 

20 comentários:

  1. Tantas perguntas para nenhuma resposta. Já habitual por estas bandas.

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  2. Só acontece em um blog foleiro.

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    1. "blog foleiro" Parece que voltamos à quarta-classe.
      Mas o rapazinho está por cá todos os dias, tão "foleiro" é o blog.
      Mas já agora, qual é o seu? Gostaríamos de conhecer para podermos aprender com a sua genialidade. Por favor.

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  3. Sendo eu marítimista e benfiquista devo dizer que compreendo a indignação do "irredutívelcsm".

    Há de facto muitas injustiças no que toca aos direitos televisivos e outras situações.

    No que toca à escolha de um ou mais clubes há legitimidade para cada um decidir o que quer... Eu só não levo um cachecol do Benfica num jogo Marítimo vs Benfica por uma questão de respeito ao meu clube local do qual me associo. Mas não deixo de simpatizar com o Benfica até pq tb sou sócio do mesmo (e mesmo que não fosse, nem é essa a questão).

    Não é também justo dizer-mos que um sócio-adepto exclusivamente do CSM, seja mais ou menos importante que um outro que se associe com mais um clube.. Pq vejamos quando jogam Marítimo e Benfica, um contra o outro. É um sentimento estranho, mas sou completamente neutro ao jogo... lol
    Fico satisfeito com qualquer resultado. E não deixo de ser menos ou mais fervoroso que um adepto exclusivo de um ou outro clube..

    É como se fosse uma disputa entre duas pessoas que gostamos/nos damos bem tendo ambos razão.. Não vou pender nem para um lado, nem para o outro.


    M.cumprimentos

    EP

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    1. Antes de mais agradeço a sua participação. É raro isto acontecer daí o nosso sincero agradecimento.

      Quanto ao conteúdo do seu comentário, como é óbvio, não posso estar de acordo.
      A comunicação social, como tantas vezes venho referindo, tem criado este monstro, tem feito crer que todos temos legitimidade para apoiar um, dois, ou mais clubes, mas é nossa profunda convicção, que isso não é correcto, não faz sentido, é uma grande incoerência, e é um dos grandes "cancros" do nosso decadente futebol.
      Isto para dizer que, apesar de não aceitar, compreendo o porquê de pensar assim.

      Quanto à legitimidade de apoiar equipas rivais, há mais de trinta anos na mesma "divisão", não é legítimo como tantos querem fazer crer.
      Então é normal, um exercício da nossa liberdade, ser adepto e sócio de benfica e porto? Não?
      Então considera o Marítimo um clube inferior? Então acha que deve ter a mesma consideração que um "sócio-adepto exclusivamente do CSM", que vive as amarguras e felicidades apenas desse clube, que não partilha o seu amor com nenhum outro, que não cala a tristeza de uma derrota com as vitórias de outros? Que é leal ao clube que o representa, ao clube que lhe é mais próximo, mesmo que isso não signifique títulos, taças e contratações milionárias?
      E depois acabam por aparecer as, naturais, contradições: "E não deixo de ser menos ou mais fervoroso que um adepto exclusivo de um ou outro clube..", "sou completamente neutro ao jogo... lol
      Fico satisfeito com qualquer resultado.".

      "só não levo um cachecol do Benfica num jogo Marítimo vs Benfica por uma questão de respeito ao meu clube local" No fundo reconhece não ser correcto o apoio a esse segundo clube, digo eu.

      As pessoas têm sido levadas a isto, mas acredito piamente que se reflectirem sobre este assunto, que é o que nos move desde início, encontram com grande facilidade as incoerências e mudam de perspectiva, convertem-se.

      * Haveria muito mais coisas a dizer. Esta é uma discussão com "pano para mangas" mas que muito poucos estão dispostos a ter.
      Fica o vídeo de um algarvio, que transmite de forma bastante simples aquilo que nós tentamos transmitir e com a vantagem de ser imparcial (nem sobre o Marítimo, nem sequer sobre um clube da I Liga):
      http://www.youtube.com/watch?v=byYhxlbM5bw&feature=player_embedded

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    2. Eu compreendo e até concordo com muitos dos pontos invocados por si... Mas também posso dizer-lhe que desde que nasci tive a influência de ambos os clubes por parte da minha família.

      Para mim ser marítimista e benfiquista é quase como o respeito que tenho à minha religião. São valores que adquiri desde miúdo, valores esses que sempre defendi. Não sou adpeto cego mas defendo-os SEMPRE enquanto achar que tenho razão. E há muitas injustiças a um e outro. Não sei se me compreende mas aquilo que escrevo. Também não considero o Marítimo inferior ao Benfica. Conheço bem as circunstâncias do maior das ilhas e sei que em iguais circunstâncias, com outros orçamentos, o Marítimo seria mesmo um gigante português/europeu. Não o deixa de ser, mas à sua ("possível") medida.

      Esses dois clubes são como membros da minha família, fazem parte de mim.

      Cumprimentos

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    3. Então coloca-se a questão: e porque é que, desde que nasceu, teve influência de ambos os clubes por parte da sua família?
      E por isso ter acontecido quer dizer que é correcto, que deve ser apresentada como irrefutável?

      Como é que em Inglaterra e Alemanha, os pequenos e médios clubes conseguem ter assistências tão altas? Será que por lá pensam da mesma forma?

      Reconheço que é difícil mudar uma mentalidade tão enraizada, sobretudo por aquilo que diz, por termos os miúdos a crescer com ela, desde o berço.
      É muito difícil, quase utópico, mas eu sou bastante crente.

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    4. "até concordo com muitos dos pontos invocados por si." Já é um princípio.

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    5. Não é questão de ser correcto ou incorreto. É simplesmente como a situação se sucedeu, sendo este tb o modelo mais visto neste país.

      No meu caso (e no de muitos que conheço) em toda a minha vida vivi com amor exclusivo estes dois clubes, vou agora optar apenas por um, contrariando aquilo que sempre fui? Fará sentido?

      A questão das enchentes não se trata apenas desse factor mas de outros até mais relevantes. Falamos de países ricos e com população muito densa. Se fizer uma comparação de relação com o poder de compra e número da população entre essas regiões específicas desses clubes com a nossa, vai descobrir a razão das assistências nos Barreiros (no nosso caso) serem o que

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    6. Para mim, essa mudança faz todo o sentido, claro que sim.
      É óbvio que se você a aceita como uma verdade suprema e que nem questiona se é correcta ou não ("Não é questão de ser correcto ou incorreto."), defendendo-a apenas porque foi assim que aconteceu e continua a acontecer, então não vale a pena termos esta discussão, mais vale assumirmos que sempre foi assim, que sempre o será e que não há nada a fazer, que não faz sentido mudar, que as coisas estão bem como estão.

      Quanto às assistências, peço desculpa, a realidade económica é bem diferente, mas é também verdade que o futebol no nosso país, e no caso do Marítimo, é uma pechincha quando comparado a esses países e só não vai ao futebol quem não quer.
      O que acontece é que as pessoas preferem ir à tasca ver o seu clube do rectângulo (digamos assim), ou pagar as mensalidades caríssimas da SPORT TV, a ir ao Barreiros.
      E com 260.000 habitantes não temos população para ter mais gente no Caldeirão? Se tivéssemos maior paixão e respeito pelo Marítimo, em detrimento de segundos, não teríamos mais pessoas no estádio, mais sócios, mais adeptos?
      Como é possível o V. Guimarães estar em 4º no número total de espectadores desta época, e o V. Guimarães B em 10º? Será que Guimarães é uma cidade mais rica que a média? Será que tem maior densidade populacional, ou será uma questão de mentalidade dos vimaranenses que têm maior orgulho no clube que representa a sua cidade do que em outros que estão a centenas de quilómetros de distância e nada lhes dizem?

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    7. Penso que os sucessos feitos pelo Marítimo na Liga Europa a ser em Guimarães, por exemplo, dava festa para o ano todo. Já na Madeira, é indiferente.

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  4. Isso não existe ,ser do MARÍTIMO e do benfica.Ou és de um ou de outro.Fica pelo clube de cuba não precisamos de adeptos assim.100% MARÍTIMO LATERAL SUL!

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  5. De referir que o orçamento milionário deste Newcastle tem o contributo (em cerca de 60% - 52 milhões de euros) das receitas televisivas.
    Algo impensável se Inglaterra seguisse o modelo português em que uns devoram o bolo e outros são obrigados a sobreviver com as migalhas.

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  6. Felizmente aumenta cada vez mais o número de adeptos 100% CSM - Anti-Camaleões. Nem mesmo o CSM antigo tinha um grupo de associados fanáticos e tão ligados ao clube, apesar da ligação do clube e o respeito da ilha serem outra. POUCO E BONS! CAMALEÕES CADA VEZ MAIS GOZADOS E SEM SENTIDO!

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    1. E é importante que estes adeptos cresçam cada vez mais e mais. Que se torne uma espécie de contágio, uma pandemia incontrolável.
      Mas isso deve acontecer conquistando as pessoas, mostrando-lhes que viveram anos enganadas. Pela razão, nunca pela força ou pelo insulto, porque isso só as fará criar ainda maiores barreiras e resistências.
      Um grande bem haja.

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    2. A realidade da Madeira é muito parecia a de Braga.

      Braga, a ter um clube que luta pelo titulo e a competir na Liga dos Campeões, continua apoiar freneticamente outros clubes, talvez 30% daquela cidade (que até é numerosa) são do Sporting de Braga.

      Posto isto, já viram o trabalho do departamento de marketing do Braga? Com idas quase diárias às escolas, incentivos, fazendo parceiras e afins. E nem me refiro ao sucesso do clube, que é isso que moraliza os adeptos... e mesmo assim, mais de metade da cidade continua virada para os clubes do sistema, precisamente a maior "falange" de apoio ao clube dos 6 milhões é em Braga, como existe uma grande taxa de zportenguistas. O próprio Salvador, em entrevista ao estarola A Bola, reconheceu o "distanciamento da cidade" mas que tudo iria fazer, como tem feito, para aproximar as pessoas.

      Se em Braga é assim, com tanto trabalho de marketing e até com muito sucesso do clube, nem quero imaginar o que terá que ser feito na Madeira.

      Isto é uma questão de mentalidade, de cultura e identidade. O Marítimo antigo, como muitos dizem, também era a parodia de agora, muitos camaleões e gente vendida, só que a diferença é que na altura as pessoas respeitavam MAIS (MUITOOO MAIS) o clube da terra, ninguém se atrevia a dizer mal apesar do coração bater por outros clubes.

      No entanto, como já disse, começamos a formar um grupo 100%, que são meras pessoas como você, por exemplo, que dedicam o seu tempo a causa Marítimo... e isso nunca antes, no tal MARÍTIMO ANTIGO, existiu.

      Já viram quantos blogs Marítimo temos?
      Já viram quantas imagens são partilhadas do Marítimo?
      Já viram a posição radical de muita gente no que toca ao Marítimo?

      Será que há uns anos atrás era assim? Digo-vos que não. A causa Marítimo está a crescer graças ao trabalho religioso de muitos.

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    3. A "causa Marítimo" pode crescer muito mais, haja vontade. Um clube é o reflexo dos seus adeptos e acredito que podemos fazer mais.
      Quanto ao problema, está identificado, é claramente "uma questão de mentalidade, de cultura e identidade", de orgulho.
      E concordo também quando refere que "na altura as pessoas respeitavam MAIS (MUITOOO MAIS) o clube da terra, ninguém se atrevia a dizer mal". O que mais me repugna e me ofende é estar nos Barreiros e notar a forma como determinadas pessoas se referem ao clube, aos jogadores, e temos feito referência a isso várias vezes.

      Quanto a posições radicais, não acredito que sejam solução, creio que dessa forma levaremos a que mais pessoas abandonem o clube, e não é isso que se quer.

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    4. Não é mais possível ignorar os problemas do futebol português. A questão é que deixamos chegar a tal ponto que agora será dificílimo dar a volta.

      O António Salvador expôs a sua frustração por achar que o clube, pelos resultados e pelos crescimento dos últimos anos, merecia maior apoio da parte dos bracarenses.
      Aconteceu o mesmo com o Presidente da Académica que insurgiu-se contra os adeptos camaleónicos após um jogo contra o FCP e que após a estrondosa vitória frente ao Atlético questionava «se vale a pena continuar a ter futebol de alta competição em Coimbra».

      Nós por cá colocamos várias vezes as mesmas perguntas e partilhamos a mesma frustração.

      Será que vale a pena?

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  7. No nosso caso não podemos concluir ainda nada, e explico porquê.

    O que tem feito o Marítimo nestes 10 anos para aproximar estas gerações de jovens ao clube? Muitos jovens não sabem o que é o Marítimo nem nunca tiveram nenhuma referência-incentivo. A preocupação do clube é exclusivamente com o dinheiro, com as contas e pouco mais. Aproveitamos a Liga Europa para falar em 1.3 milhões? Porquê que o clube não aproveitou para trabalhar com as pessoas, aproximar o povo do clube, tornar esta edição especial para todos nós. No jogo da Taça de Portugal com a Oliveirense tivemos 500 adeptos. Porquê que ao vender o bilhete de 5 euros não daríamos outro? Afinal de contas estávamos a incentivar as famílias e amigos a irem ao estádio, no total, poderiam estar mil pessoas e o dinheiro que entrou nos cofres é precisamente o mesmo dos das 500.

    Estamos a trabalhar muito mal, muito mal em todos os sentidos e já tivemos pior. O Marítimo não se pode queixar de nada porque tem precisamente aquilo para que trabalha. Já analisaram a faixa etária dos nosso sócios? seguramente todos acima dos 35 anos. Onde andam os jovens?

    O clube é o principal responsável. No meu tempo além das simpatias pelos clubes cubanos, havia entre os jovens carinho pelo Marítimo, amor e orgulho neste clube, e muita gente foi afastada porque o clube afastou elas.

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