domingo, 16 de setembro de 2012

Os "gabarolas"

Não nos passaram despercebidas as prosas de dois escribas do nosso rival em artigos de opinião no "DN" envolvendo o Marítimo. 
É engraçado que estes senhores alinhem os seus discursos apenas e sempre com a intenção de denegrir os feitos do seu adversário sobrevalorizando os seus. É que até parece, até parece combinado.  

Começamos pelo Sr. Pedro Mota que no dia 31 Agosto (dia seguinte ao apuramento para a fase de grupos da L.E.) escreve sobre o mérito que o seu clube tem em tudo aquilo que faz (esqueceu-se de referir o do futsal e do futebol feminino) e insinuando que outros não o têm, já que esse é um exclusivo seu.  
Exímio nas insinuações (ou não se trate de um advogado) depois, o esforço e o desespero é tanto ao ver cair uma das suas mais importantes bandeiras, que altera o curso da história a seu bel-prazer para melhor servir os desejos de quem lhe destinou o guião. 
Escreve o Sr. Pedro que "Em Setembro de 2009 ... o nacional eliminou o Zenit São Petersburgo (equipa detentora da Supertaça Europeia ganha ao Manchester United dois meses antes de ser eliminado pelo nacional)..". A paródia começa aqui. 
A eliminatória com o Zenit ficou decidida em Agosto de 2009 e não em Setembro, e o Zenit vencera a Supertaça Europeia um ano e não dois meses antes. 
Depois o mesmo personagem desvaloriza o apuramento do Marítimo frente ao "deli gori" e exulta com o Troféu "Ramon de Carranza" (que outros escreveriam "Carraça"), a tal taça que esta gente acredita ter sido o maior feito da história do futebol madeirense - isto é quase esquizofrenia. 
Será que este é um dos assalariados do clube, daqueles que estaria dependente do orçamento regional? 
Estranho é o "rapazinho" ter estado nos Barreiros aquando da apresentação do plantel para a época 2011/2012. Mas neste futebol já nada nos surpreende. 

Mas a coisa fica ainda melhor meus amigos. Seis dias depois é a vez do gestor Paulo Pereira. 
Depois das habituais comparações megalómanas, este não faz a coisa por menos e do topo da sua arrogância este senhor dá um "sopapo" monumental (Meu Deus, nem quero acreditar que este também mete ao bolso). 
Ora preparem-se porque o Paulo não faz por menos: "quando tinha nas suas fileiras Arshavin e o recém adquirido Danny, eliminado pelo .. ". 
Será que isto é mérito? Inventar cenários, puxar daqui, mudar ali que ninguém vai notar e vamos passar a ideia, a de que eliminamos um colosso mundial, um clube que hoje é badalado, não tanto na altura, mas vamos repetindo a cassete várias vezes, jogando o barro à parede até que cole, e o que interessa que se alterem factos ou se escrevam mentiras? 
Para os menos atentos nós explicamos a piada, Arshavin fez o seu último jogo pelo Zenit antes de Dezembro de 2008 (campeonato russo tem paragem de Dezembro a Fevereiro) e assinou pelo Arsenal a 2 de Fevereiro de 2009, o jogo com a que os "meninos da choupana" tanto se referem realizou-se a 20 e a 27 de Agosto de 2009. 
Por uma questão de bom senso e de respeito pelos factos que alguns tentam alterar tentando comparar o Zenit de hoje e do que conquistou a Liga Europa e Supertaça Europeia ao que enfrentou o seu clube, é importante referir que na altura o clube russo perdera muitas das suas estrelas (Arshavin, Puygrenier, Timoschuk, Dominguez e Progrebnyak, ...) e que não se reforçara na mesma medida (referir o Danny é também de uma grande habilidade já que o madeirense se encontrava a recuperar de lesão e não esteve em nenhum dos jogos), motivo que, alegadamente estará relacionado com a saída de Dick Advocaat (só faltou referir que era esse o treinador à altura) dez dias antes do jogo da 1ª-mão por não concordar com a venda dos seus melhores atletas, mergulhando o clube numa crise que levaria a que a solução fosse encontrada interinamente com Anatoly Davydov (fez o primeiro ou segundo jogo como treinador principal na Madeira). 
Depois, no final do artigo volta a mesma "gabarolice" com o apuramento histórico do seu clube "abrindo caminhos 'nunca dantes navegados' ", tentando alterar a percepção histórica daquele que foi o primeiro clube madeirense a apurar-se para as competições "uefeiras". 

Chateia ver tanta arrogância junta, incomoda ver o esforço que é feito para tentar passar imagens que não correspondem à verdade dos acontecimentos e só por isso abrimos esta excepção porque aqui a nossa preocupação é o Marítimo, não passamos a vida a comparar feitos, a pintar cenários ou a colocar-nos em bicos de pés para parecermos maiores. 

* Este artigo vem já com umas semanas de atraso, mas não podia ser adiado durante mais tempo, correndo o risco de não fazer sentido depois ou de acharem que o mesmo resultaria de frustração ou empolgamento (consoante o resultado de hoje à noite). 
Que nos corrijam se tivermos cometido algum erro no processo, se houver alguma imprecisão. 

3 comentários:

  1. Para além de um treinador amador, na altura o Zenit jogou com uma 2ªequipa, não esquecer...

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  2. ZENIT: Malafeev;Anyukov;Fernando Meira;Lombaerts;Hubocan;Denisov;Zyrianov;Shiriakov;Semshov;Huszti;Kornilenko. Jogaram ainda: Ignatovich;Rossina e Tekke. No banco:Contofalsky;Ricksen; Bashkirov e Kanunnikov.Se esta é uma segunda equipa então é uma grande equipa .Treinador:Anatoly Davydov ZE não percebes nada de futebol...

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  3. "Anonimo" Creio que o que o "ze" quis dizer com segunda equipa, foi relacionando-a com o jogo da Supertaça Europeia.
    O que nós quisemos demonstrar com o artigo e com o seu título, é que não foi da forma como o tentaram descrever.
    Está aí o onze e não está lá o Arsahvin, nem o Danny, muito menos o Timoschuk, o Dominguez ou o Progrebnyak. E o Davydov, apesar do exagero de o chamar amador, foi quase toda a vida adjunto e treinador das reservas do Zenit e na altura foi uma escolha temporária perante a saída do Advocaat.
    Este artigo só foi publicado pela "deselegância" dos senhores que escrevem sobre o seu clube mas tendo sempre em vista atingir o seu rival. Incomoda ver clubes e dirigentes a cultivar estes ódiozinhos e rivalidade bacoca quando olhamos para o nosso futebol e ele está moribundo, vivendo mais dessas discussões e "novelas" que de outra coisa qualquer (é olhar para as assistências da Liga).
    Não estava à espera que reconhecessem mérito a uma equipa de tostões (que os próprios, na época dos "meninos da choupana" diziam que lutaria para não descer) pelo apuramento para a fase de grupos, mas um pinguinho de respeito penso que não seria pedir muito.
    Alguém que perceba minimamente de futebol fica chocado com as hipérboles daquelas prosas e é apenas por isso que decidimos esclarecer algumas situações.

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