quinta-feira, 29 de março de 2012

Cromos verde-rubros: Ewerton



Nome completo: Ewerton Machado Joenish
Épocas no Marítimo:
Como jogador: de 1987 a 1996
Como treinador de guarda-redes de 1996 a 1999

9 de Maio de 1995. O FC Porto de Bobby Robson, que tinha recentemente se sagrado campeão nacional, deslocava-se à Madeira para disputar a meia-final da Taça de Portugal. Com o Marítimo em sétimo lugar, os dragões eram naturais favoritos à vitória na eliminatória, embora pela frente estivesse a única equipa capaz de os derrotar no campeonato – facto prontamente lembrado por Rui Fontes, então presidente verde-rubro, aquando do sorteio.



O Marítimo, à procura de estar pela primeira vez no Jamor, entra bem e Alex inaugura o marcador aos 20 minutos. A partir daí, a noite foi de Ewerton. Já com 37 anos, o guarda-redes brasileiro defendeu tudo e mais alguma coisa. A perder, Bobby Robson arriscou tudo para evitar a eliminação, mas Ewerton parou todos os remates portistas e ajudou o Marítimo a fazer história. No dia seguinte, o jornal “A Bola” escrevia: “Não faltou campeão; sobrou Ewerton.”



Mais tarde, o guardião disse numa entrevista que a sua filha tinha nascido no dia da meia-final. Por isso, a sua motivação estava em alta. Quando soube disso, pensei cá para mim: “Oxalá que ele seja pai novamente no dia da final.”
Ao que se saiba, Ewerton não voltou a ser pai nesse 10 de Junho, mas foi um dos protagonistas dentro do relvado. O outro, para nossa tristeza, foi um tal de Iordanov, autor dos golos do encontro. Nessa tarde, a vontade do Sporting para voltar a ganhar um troféu 13 anos depois foi mais forte e, numa péssima exibição da nossa equipa, Ewerton foi o único jogador maritimista que disse presente durante os 90 minutos, evitando que o resultado fosse mais avolumado.
Sobre o jogo, o Diário de Notícias da Madeira escolheu o seguinte título: “Sporting 2-0 Ewerton”. E isto diz tudo.

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