domingo, 24 de julho de 2011

Marítimo 2011/12: A saída dos que nunca saem



"Entre 24, 25 jogadores é aquilo para que apontamos."

Depois de analisados os novos jogadores deste Marítimo 2011/12, não podia deixar de, reproduzindo as palavras de Pedro Martins, fazer uma referência aos que têm guia de marcha do clube. Ainda que neste momento, apenas sejam conhecidas algumas das dispensas, já é possível identificar 3 perfis de jogadores que não interessam ao Marítimo:

1. O Jogador Madeirense, ex-futura estrela
Neste perfil de jogador, incluem-se nomes como Tito, Gonçalo, entre outros, atletas com formação feita nas camadas jovens do clube, com perspectiva de vir a integrar a equipa principal. A solução tem sido a "dispensa", só que esta dispensa é "entre-aspas", uma vez que os jogadores são simplesmente emprestados a clubes de divisões inferiores, sendo o Marítimo a suportar parte ou, em alguns casos, a totalidade do seu salário. Então, porque não integrá-los na equipa B? Sendo a equipa B, ferramenta essencial no desenvolvimento de novos atletas, a integração destas "dispensas" seria contra-producente naquele que é o objectivo principal da "B", a formação de jovens jogadores para a equipa principal. Falha na formação? Risco expectável da aposta na formação? Independentemente, resta esperar pelo termo dos seus contratos, e assumir de uma vez por todas, que nem todos podem jogar no Marítimo.

2. A Aposta Falhada, ex-contratação sonante
Alonso, Júlio César, Adilson, Tchô ou Lelo, são todos jogadores que chegaram com pompa e circunstância ao Marítimo e que agora "saem" pela porta pequena. Mais uma vez, recorro às aspas, porque apesar de não integrarem o plantel principal do nosso clube, integram a folha de salários. Apesar do exemplo do Alonso ser o mais mediático, até pela perspectiva de ter um dos atletas mais bem pagos do clube parado, vou recorrer à situação caricata de Lelo, para vincar a importância de uma rede de observação de jogadores. O nosso amigo Lelo chega à Madeira, na época 2008/2009, altura em que o Marítimo era liderado por Lori Sandri. Depois de uma curta passagem pela equipa A, o avançado brasileiro chegou a ser emprestado ao Varzim, clube que rapidamente o devolveu ao remetente, e desde então, é presença assídua no Caldeirão para assistir aos jogos do Marítimo, ainda que sempre na bancada. A culpa é do Lelo ou de quem o contratou?

3. O Jogador "B", e a motivação de jogar na "A"
Por fim, resta abordar aqueles jogadores que vão integrar a equipa "B" mas com olhos postos na equipa principal, são os casos de Marakis, João Diogo ou David Viana. Estes são jogadores que estarão sempre na mira de Pedro Martins para dar o "salto" até à equipa "A", quer seja de forma fugaz, tal como Marakis na época passada, ou permanente como Sami nesta nova época. Assim, para além de Pedro Martins ter ao seu dispôr uma segunda linha de jogadores, todos eles com rtimo competitivo, os próprios atletas encontram uma motivação extra para ter o melhor desempenho possível, na esperança de jogar ao serviço do Maior das Ilhas!

1 comentário:

  1. Os jogadores do .3 são aqueles em que deposito mais confiança.
    Quanto ao 'Jogador Madeirense', acho que devia ser nossa preocupação/ obsessão ter na equipa os melhores. Óbvio que nem todos podem ficar, nem todos têm qualidade para, mas o nosso principal mercado deverá ser sempre a Madeira. É essencial para os adeptos, para a mística e para a alma deste clube (lembram-se da equipa do Vingada?).
    Não me revejo em equipas com mais estrangeiros do que portugueses e este ano, quando poderíamos ter invertido esta situação, voltamos a reincidir num conjunto de más opções que não acrescentaram nenhum valor à equipa e 'desaproveitaram' valores regionais/ nacionais que mereciam uma oportunidade (R. Machado, I. Pita, Marafona, e parece que se seguem J. Diogo, Vilas Boas, ... ).

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