terça-feira, 17 de maio de 2011

Povo de m*rda - Parte II



Terminou o meu período de reflexão. 
Não foram momentos fáceis aqueles que se passaram no sábado, foi enorme a desilusão e a frustração por tudo aquilo que vivi nos Barreiros. 
O verdadeiro motivo de toda a minha indignação, o triste espectáculo de que eu falo, foi o comportamento de adeptos madeirenses no apoio ao clube do norte (nem quero acreditar que alguns deles sejam sócios ou se digam adeptos do C.S.M.). 

Quando, p.e., contra o Braga tivemos uma excelente casa e uma bancada lateral cheia de Maritimistas, onde é que eles andavam no Sábado? 
É revoltante notar que se abandona o nosso verdadeiro por um clube cubano. Esta mentalidade, esta falta de bairrismo, de defesa da nossa bandeira e do orgulho ilhéu, é algo que me enoja e que eu repudio totalmente. 
Decidi não abandonar a luta, numa guerra desigual mas que tem toda a razão para existir. Precisamos de mais guerrilheiros, e de muita união para de batalha em batalha podermos atingir a vitória. 
E eu que pensava que o louco era eu, recebi uma mensagem, de alguém que segue o Marítimo há mais de 50 anos, e que explicou que realmente isto não é normal, e que mesmo os adeptos que simpatizavam com um 2º clube, nos Barreiros nunca deixavam de apoiar o Marítimo. Agora perderam toda a vergonha. À pessoa em questão agradeço mais uma vez o seu apoio. Afinal a minha sanidade mental (ainda) não está posta em causa.
E ver pais com a camisola do Marítimo e filhos com a do Porto e o cachecol do Marítimo, faz-me sempre uma tremenda confusão. Começa aí a educação para a palhaçada e para esta falta de ideais. 
Com sorte ainda calhei a meio de verdadeiros maritimistas e lá fui travando a minha luta inglória, tentando chamar à razão os traidores que trajavam de azul-e-branco. E é isto que todo o Maritimista deveria fazer. Pô-los no seu lugar. Que fossem para a bancada que, por alguma razão, diz VISITANTE, ou que ficassem em casa.

É por isto que eu admiro o Vitória e a cidade de Guimarães. 
São o último bastião da resistência aos 3 grandes. Têm um povo que não admite traições, e que a elas trata de fazer a vida negra. E daí o seu sucesso. Daí terem 30.000 num jogo da II Liga. Não seria assim se os vimaranenses fossem um povo de brandos costumes como nós demonstramos ser. 
Têm orgulho na sua história, amor pela sua cidade, onde se inclui um dos seus nobres símbolos, o Vitória. E fazem questão de demonstra-lo. Assim devíamos ser nós. 

Eu, até o dia em que me faltarem as forças, lutarei por inverter esta situação. 
É esta a minha visão, um caldeirão como nos velhos tempos, a abarrotar de fanáticos pelo grandioso Marítimo. 
Vamos todos unir-nos, vamos ser diferentes, vamos devolver a mística ao Marítimo. 
Se não podemos contar com a direcção, que sejamos nós a fazer o trabalho. 

O meu clube grande é o Marítimo! 

8 comentários:

  1. gostei do texto irredutivel, nunca desistiremos de apoiar o nosso maritimo!
    Maritimo Sempre, grande orgulho!
    Continua,qlqr coisa estou aqui!

    ResponderEliminar
  2. Não estás sozinho!
    Um Verde-Rubro...

    ResponderEliminar
  3. Muito bem!
    Um texto á maneira.Apoiado.
    Continuaremos a apoiar o nosso grande Clube.

    ResponderEliminar
  4. Para acabar com os "traidores" a trajarem com indumentaria dos forasteiros,seria o Maritimo jogar numa divisão secundária.
    Daí ficaríamos livres dos "3 estarolas" nos Barreiros.
    Para á frente MARÍTIMO.

    ResponderEliminar
  5. É um enorme orgulho saber que as minhas palavras tiveram eco na vossa consciência.

    Acredito que se esta mentalidade passar (e cabe a cada um de nós fazer esse trabalho), muitos que hoje estão afastados da realidade do clube poderão regressar, a mística e a atitude também.

    O MARÍTIMO SOMOS NóS!!!

    ResponderEliminar
  6. Grande texto.
    O V.Guimarães é sem dúvida um exemplo a seguir.

    ResponderEliminar
  7. Um texto de grande honraria. Saudações! O Vitória é um exemplo a seguir.

    ResponderEliminar