quarta-feira, 11 de julho de 2012

Apoios ao desporto regional (em actualização)

"A vida no Marítimo está parada" Carlos Pereira 

Não percebo até quando continuaremos nesta apatia, neste marasmo, a assistir à morte das nossas modalidades, à degradação do nosso desporto e à espera que alguém resolva, que a "árvore das patacas" continue a dar fruto.  
Com o novo modelo de apoio ao desporto na R. A. M., a participação nos campeonatos nacionais das equipas de voleibol e hóquei em patins (e julgo que o andebol não será excepção) estão em risco. 
Até quando vamos enfiar a cabeça na areia em vez de pensar nas modalidades, na região acima dos clubes? 
A 21 de Junho o João Rodrigues lançava a questão ("Desporto Regional, que futuro?"), mas não conheço, até à data, qualquer debate ou tentativa de encontrar soluções que permitam termos um futuro sustentável no nosso desporto. 
Continuaram pacientemente à espera que o Governo resolvesse todos os seus problemas, continuaram a olhar para o seu umbigo, a sonhar com utopias, quando aquilo que se pede é união e colaboração nos projectos desportivos que permitam manter uma equipa a nível nacional nas modalidades mais representativas. 
O caso do voleibol é um excelente exemplo. Nos masculinos, a A. D. Machico, colectividade e concelho com grande historial na modalidade, foi excluída, ficando a equipa do C. S. M. como o único representante da região na divisão A1, situação que se encontra agora em risco devido aos cortes anunciados com a descida ao pote II.  
Não deveriam estas equipas, pela sua história e importância no voleibol madeirense unir esforços para permitir a continuidade de uma equipa no escalão máximo? 
Qual é que seria o problema de termos o "C.S. Marítimo/ Machico"? Qual seria o problema de jogarmos em Machico e no Funchal?   
É hora de nos chegarmos à frente, de sermos nós a resolver os problemas. Não vamos armar-nos em meninos pseudo-ricos que acham que com amuos e chantagens se resolvem os problemas. 

4 comentários:

  1. A razia de comentários, a falta de interesse em discutir estes assuntos, diz muito sobre a nossa forma de viver o clube.

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  2. Não é necessário muito para ver as disputadas que os clubes madeirenses têm tido ao longo dos anos, basta olharmos para o nosso palco para vermos que este já foi incessantemente disputado pelas principais forças da região. Numa terra tão pequena não faz sentido nenhum termos tantos estádio de futebol, bastava 1 com capacidade para 15 mil pessoas e as despesas partilhadas entre todos. O Inter e o Milan, clubes que financeiramente podem construir os estádios de futebol que bem entenderem são o verdadeiro exemplo de «salva-guarda» dos seus interesses, construindo neutro com a partilha de despesas...

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    1. Sempre defendi essa solução e já a referi algumas vezes.
      Os Barreiros deveriam ser um estádio municipal em que os clubes que lá jogassem pagariam os custos de manutenção inerentes à sua utilização.
      A obra pagar-se-ia com a organização de concertos no verão, provas de atletismo, pelo aluguer das zonas comerciais, etc.
      Abriu-se um precedente com a Choupana e agora temos a situação dos Barreiros para resolver.
      Não concordo quando diz que o "nosso palco" foi i"incessantemente disputado" porque o C. S. M. apresentou vários projectos para construção do seu estádio noutros locais e ainda bem que não avançaram, e atenção, a cedência dos Barreiros não foi pedida pelo Marítimo como muitos julgam, foi decidida pelo Governo. Em minha opinião foi uma decisão acertada porque a região não comportaria mais um estádio construído de raiz.

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  3. Numa ilha com 750,7 km², somos quem mais estádios de futebol tem... de forma desnecessária e absurda. As verbas destinadas aos clubes (falo mesmo no geral) é desperdiçada nestes aspectos... o dinheiro gasto no Estádio em Câmara de Lobos faz algum sentido? o dinheiro gasto no estádio da Ribeira Brava, Machico, etc., etc... ainda menos sentido faz. Um estádio enquadrado com a realidade regional (penso que 15 mil bancadas serviam perfeitamente) com pista de atletismo, com centros comerciais, etc... repartido entre todos os clubes madeirenses eram a melhor solução. Soluções existem, só que o orgulho patético de alguns é que não torna possível a melhoria da nossa situação... e o dinheiro poupado, poderia ser utilizado em outras vertentes mais necessárias.

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