quarta-feira, 29 de maio de 2013

Alexandre do Marítimo

"Documentário Alexandre do Marítimo
Hoje trazemos o documentário: "Alexadre do Marítimo", emitido na RTP-Madeira. São quase uma hora e cinquenta minutos em que grande parte da história do nosso clube é abordada.

Numa altura em que o nosso clube passa por dificuldades resultantes da época em que vivemos, com o estádio por acabar, com pouco ou nenhum dinheiro para contratações será importante que vejamos este documentário com muita atenção, pois o ser do Marítimo sempre implicou saber sofrer e fazer sacrifícios.
A título de exemplo, veremos no vídeo que toda a inveja referente ao estádio do Marítimo não é um exclusivo dos dias de hoje, já tendo ocorrido no passado.

E arriscamo-nos a dizer que ninguém (ou pelo menos poucos foram os que o fizeram) deu tanto ao Marítimo como Alexandre Rodrigues, cuja história se confunde com a própria história do clube.

Assim e nesta altura de dificuldades, mais do que olhar para elas e constatá-las, seria bom que este documentário e o exemplo do Alexandre Rodrigues servisse para que todos os que gostam do Marítimo tivessem uma atitude mais dinâmica face ao clube e ajudassem, ou pelo menos tentassem pensar em formas de ajudar o clube a melhorar e talvez mesmo a sair da situação difícil em que está...

Concluir apenas defendendo que o novo estádio (um dia, quando pronto) poderia muito bem ser chamado Estádio Alexandre Rodrigues, muito por causa de toda a luta que está a ser travada para o erguer. Se tal não for possível, pelo menos a central deveria ser chamada de bancada Alexandre Rodrigues." 

Com a devida vénia ao Marítimo no Rectângulo a quem pertence a publicação deste artigo. 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Marítimo/ Madeira Andebol Sad

O projecto do Madeira andebol SAD está em risco, as negociações com o Governo Regional em fase crítica e as incertezas são mais do que muitas e nem com a A. G. deverão ficar dissipadas. 
Mais uma vez, com duas equipas (em masculinos e femininos) a representar a Madeira nos campeonatos nacionais e com todas a correr o risco de fechar a porta ainda antes do início da nova época, não é tempo, não seria sensato, reunir as duas equipas e negociar dessa forma com o Governo que, logo à partida, poupava alguns milhares de euros só em viagens? 
Não fará mais sentido ter duas equipas sólidas e sustentáveis, do que quatro nas penúrias? 
Não faz mais sentido, no caso que nos toca, que o Marítimo se junte ao Madeira SAD, com nova designação, mantendo alguma da sua identidade como reconhecimento por ter mantido a aposta no seu andebol até aqui? 
Não sei, digo eu...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Portuguesas? Nem todas...

Esta é a equipa de juniores do Club Sport Marítimo que após apuramento para a Taça "Nacional" (ao vencer a Apel 3-1 e 0-0) viu ser-lhe negada essa participação por um conjunto de obstáculos inesperados que surgiram com o objectivo único de afastar estas atletas e a equipa verde-rubra de uma competição nacional. 
Continuam as equipas regionais a ser ostracizadas, sendo que até no desporto se nota um centralismo do Terreiro do Paço cada vez mais descarado, com atitudes discriminatórias que visam, nesta e em tantas outras modalidades, aniquilar a representação das regiões autónomas. 

Fica a indignação e a mágoa de uma das atletas e de um treinador do C. S. M. na página da Mónica Jorge, a responsável pelo futebol feminino da Federação:
"Vontade de rir, foi o que não deu de todo, às miúdas do CS Maritimo, quando souberam (depois de terem disputado dois jogos, contra a Apel, e terem supostamente "garantido" o acesso à fase final da Taça Nacional de Fut7) que afinal não poderiam ir. 1º tinham que pagar as passagens aéreas (FPF ta pobre!), depois "ah afinal como não há campeonato de Júniores não podem participar!". Aperceberam-se disso agora foi???? Que rica figura fizeram em prol do Futebol Feminino!! Mas as jogadoras daqui da Madeira, não interessam para nada não é? Gozaram sim, com a cara das atletas! FPF, AFM, toda a gente!! Já agora deixo uma pergunta, sendo assim, se houve Campeonato de Seniores, ou Escalão Único, como queiram, porque não vai a vencedora à Taça de Portugal??? Ah poizéee.. PORQUE NÃO INTERESSA!!!! Vocês mesmos contradizem-se, inventam mil e uma formas de nos EXCLUIR!! E ainda dizem que querem que o futebol feminino evolua??? Só se for prós "Continentes"!! E termino só dizendo: A MADEIRA FAZ PARTE DE PORTUGAL!!!" Sílvia Jardim

"Mónica Jorge, como é esta a única forma de expor a minha indignação, vai ser mesmo assim!! Começo por lhe dizer, que continuo à espera da sua chamada, para me explicar o porquê das miúdas não poderem ir à Taça Nacional. O que se passou, foi de uma falta total de respeito pelas jogadoras, clube e treinador, e enorme falta de carácter da sua parte e FPF. 1º veio um Ofício na passada 4a feira, que tínhamos que pagar as viagens, e tínhamos que dar resposta até o dia seguinte às 16h. Como se admite um ultimato destes??? A resposta tinha de ser tão rápida, que claramente se vê, o vosso interesse na nossa participação! São muitas as equipas daí a participar e a pressionar para serem elas a competir e nós aqui da Madeira, ficamos a ver????? 2º, já na 5a feira, vem outro Ofício, dizendo que estávamos excluídas, porque não tínhamos Campeonato de Júniores. Será que as equipas que vão participar, têm campeonato?? Veremos!!!! O Marítimo, não foi informado desta regra e se não existe comunicação entre FPF e AFM, o problema não é nosso! Se você e o Mâncio não se entendem, as miúdas não têm que pagar por isso!! Isto contribui para o futebol feminino????? Impedir atletas, que treinaram uma época inteira, à espera desta oportunidade, para poderem ser vistas, é duma falta de respeito gritante!! A Madeira sempre foi e continua a ser excluída!! Já agora as Seniores por essa lógica têm direito a ir à Taça de Portugal, certo??? Agradeço uma resposta!" João Sousa 

É este o agradecimento que a FPF tem para com equipas que têm mantido a aposta no futebol feminino e que trabalham arduamente para fazer evoluir a modalidade. 
Se esta injustiça for adiante, boicotem as chamadas das jogadoras madeirenses à selecção. 

sábado, 18 de maio de 2013

Quem se segue?

Anunciada a intenção de Carlos Pereira de não se recandidatar a novo mandato "pela forma como, ao longo do tempo, esta instituição tem sido tratada. Pelo trabalho que faz merecia outra consideração. E nada tem a ver com a crise, é de antes da crise." e lançando o desafio para "aparecer outra pessoa com ideias novas, com vontade, determinação ,..., que pudesse ajudar a concluir coisas para as quais já me vão faltando forças." será importante provocar uma discussão no universo maritimista que permita encontrar um novo projecto para o clube e pessoas motivadas em resolver os graves problemas e desafios que o clube enfrenta. 
Este artigo visa apenas lançar a confusão e o debate, atirando nomes das mais diversas áreas e "ligações", de forma a forçar uma discussão sobre possíveis sucessores. 
Podem lançar os vossos candidatos, contestar os que constam desta lista,  opinar sobre o perfil que gostariam que tivesse um novo Presidente do C. S. M., novas ideias, etc. 
José Augusto Araújo
Nuno Rodrigues
Gonçalo Henriques
João Luis Lomelino
Rúben Aguiar
Gonçalo Santos
Luís Miguel Rosa
Rui Adriano
Luís Olim
Raimundo Quintal
Maurílio Caires
António Fontes

Eugénio Mendonça 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Fim de ciclo

Em pouco mais de dois anos, caiu por terra a política desportiva regional e a ilusão de um projecto que, pelo meio, perdeu o controlo e criou um monstro insustentável.
Sejamos críticos e implacáveis em relação aos exageros do passado e a sonhos megalómanos validados por quem, na ânsia de a todos agradar, a todos colocou em perigo, mas procuremos agora as soluções e aproveitemos o momento para repensar o desporto regional de forma séria e sem lutas mesquinhas financiadas pelos dinheiros públicos e que muito ajudaram a criar um excesso de clubes, associações e parasitas que se alimentavam do monstro. 
O importante, quanto a mim, é manter a oferta formativa, apoiar as escolas que com boas infra-estruturas podem criar equipas em várias modalidades, ajudando a melhorar a competitividade e aumentando a base de recrutamento, aproveitando depois os  melhores para aquilo que seriam as "equipas de elite" que permitiriam a sobrevivência das várias modalidades e da sua representação nacional, recorrendo a fusões ou parcerias que criariam projectos representativos da respectiva modalidade, com a ambição de, na maioria, poder lutar pelos títulos nacionais e formar mais atletas madeirenses para as selecções nacionais, projectos olímpicos, etc. 
Não o vejo de outra forma mas poderão haver alternativas mais credíveis. É por isso que é importante discutir estes assuntos mas não é isso que acontece. As notícias são diárias, as ameaças constantes, mas ninguém promove o debate, ninguém parece preocupado.

Para os mais desatentos fica a lista das equipas que tombaram (despromoção, extinção da modalidade, suspensão da participação nacional) nos dois últimos anos (com base num trabalho do "DN") vítimas dos atrasos no que estava contratualizado, da consequente perda de qualidade dos seus plantéis e das dificuldades com as viagens em que o governo central subsidia as equipas continentais em competição nas ilhas mas não o contrário, sendo que as equipas que não constam da lista estão TODAS seriamente ameaçadas e não têm qualquer garantia de que estejam a competir na próxima época.

E nós vamos desistir de tudo. Não há reacção, não há interesse no debate, ficamos à espera. E um dia, quando contarem aos nossos filhos a história, estes hão-de perguntar porque não lutamos pelos nossos interesses, pelo nosso clube e nós ficaremos  envergonhados, sem resposta, sentindo que fomos uns bananas e que a culpa também foi nossa. E aí teremos pena pelos danos irrecuperáveis que sofremos e viveremos com a culpa de não ter acordado a tempo, de não ter sequer tentado. 

Futebol:
Camacha 
Ribeira Brava

Ténis-de-mesa:
Masc. 
1º Maio
Ponta do Pargo
Fem. 
G. D. Estreito 
ACM Madeira
SP. Porto Santo 
CTM Ponta do Sol
São João

Voleibol: 
Masc. 
AD Machico 
Fem.
C. S. Madeira

Hóquei: 
Portossantense
São Roque

Atletismo: 

 

sábado, 11 de maio de 2013

Marítimo-V. Guimarães (antevisão)

"Duas visões para a Europa

O momento
Marítimo: A formação de Pedro Martins passa fase negativa, com três derrotas seguidas (e um empate antes disso). O Marítimo não ganha desde 30 de março, desde que foi golear o V. Setúbal ao Bonfim (2-4). Mas ainda mantém o sonho europeu e é, por isso, obrigado a vencer o V. Guimarães.

V. Guimarães: Muito bem lançado no projeto europeu, o Vitória poderá, na Madeira, dar mais um passo decisivo rumo à Liga Europa. A equipa de Rui Vitória soma uma série de três vitórias e um empate e volta à Madeira, ilha onde, curiosamente, perdeu pela última vez (no reduto do Nacional, a 1 de abril).

As ausências
Marítimo: João Luiz e Adilson (lesionados); David Simão (rescindiu com o clube)

V. Guimarães: Marco Matias (castigado) e NDyaie (lesionado)


A palavra dos treinadores
Pedro Martins (Marítimo): «Há um lugar europeu ainda em aberto. Uma vitória neste jogo dar-nos-á uma boa posição. Espero um jogo aberto, com as duas equipas a lutar pela vitória. Faremos o nosso melhor para garantir mais três pontos, após dois resultados menos conseguidos.»
Rui Vitória (V. Guimarães): «Ainda há uma travessia no deserto a percorrer. Se houve clube que maior rendimento tirou do que é a essência da equipa B foi este. Era um risco que se corria quando se partiu para este projeto dado o número reduzido de jogadores que compunha o plantel principal».


Outros confrontos
O Marítimo-V. Guimarães é já uma partida com muita história no campeonato português. Nos 31 confrontos nos Barreiros, 12 triunfos para os madeirenses, 13 para os vimaraneses e seis empates.

Equipas prováveis
Marítimo: Salin; Briguel, Roberge, Márcio Rozário e Luís Olim; Artur, Rafael Miranda e Olberdam; Heldon, Sami e Suk
Outros convocados: Ricardo Ferreira, Igor Rossi, Rúben Ferreira, Marakis, Semedo, Fidélis, Danilo Dias.

V. Guimarães: Douglas; Kanu, Paulo Oliveira, El Adoua e Addy; Leonel Olímpio, Tiago Rodrigues e Barrientos; Amidó Baldé, Soudani, Ricardo
Outros convocados: André Preto, Rafael, Pedro Lemos, Crivellaro, João Ribeiro, Jona e Hernâni" in MaisFutebol

É a despedida dos Barreiros a uma longa e complicada época e o adeus a vários jogadores que estão de saída do clube. E nada melhor que um jogo contra o Vitória minhoto, que costumam ser sempre muito competitivos e animados, sendo que no histórico dos confrontos os vimaranenses até levam ligeira vantagem (+1 vitória). 
É o último jogo da época no Caldeirão o que, por si só, valeria uma excelente casa, mas todos sabemos que em Portugal não funciona assim. Por isso espera-se que pelo menos as pessoas que têm consciência disso estejam presentes e que esteja uma casa digna. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

De bradar aos céus

Estávamos alertados para as dificuldades desta época, um plantel curto, poucos reforços (e que não se conseguiram impor) e depois as lesões, etc., mas não contávamos que hipotecássemos as nossas hipóteses num jogo em Aveiro (com todo o respeito que nos merece o Beira-Mar) em que os próprios comentadores reconheceram a superioridade da equipa verde-rubra, mas também o facto de só ter começado a jogar a partir dos 70 minutos. 

Agora é tempo de preparar a próxima época tendo, ainda assim, a obrigação de vencer os dois últimos jogos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O grandismo


Já fui ver o Marítimo ao país todo. Nunca me sentei na Central de ninguém e, sobretudo, nunca dei espectáculo, nem dentro, nem fora do campo. Fui quase sempre com as cores do meu clube, festejei os meus golos e festejei as minhas vitórias, muitas vezes no meio de adversários, mesmo que sempre nas bancadas visitantes. A certeza tenho que nunca faltei ao respeito a ninguém. E não digo isto de uma forma lírica ou bacoca; acho, sinceramente, que saber estar é tão importante no futebol como no resto da vida.

Não tenho nada contra os benfiquistas que foram aos Barreiros e souberam estar. Toda a gente tem o direito de festejar. Mais do que isso, sou o primeiro defensor do ir ao estádio, mesmo que seja para os meus adversários. Como alguém que anda lá desde o tempo em que não tinha tamanho de gente, acredito que ir ao estádio resolvesse uma parte substancial dos problemas do futebol português. Pela assimilação, pela identificação, pelo gosto que se ganha, pelo que se aprende, e porque nada substitui a vivência que se adquire. Ver futebol pela televisão e pelos jornais não é ver futebol. É, aliás, a principal razão para só haver três clubes em Portugal.

Sou o primeiro defensor do ir ao estádio, mesmo que seja para os meus adversários, e admito que, nestes Barreiros, não dava para fazer melhor. Se me custou pela morte ver o Caldeirão de vermelho, num rácio de 3 ou 4 para 1? Não é preciso responder. Mas posso viver com isso. Para lutar contra as circunstâncias, é preciso saber aceitá-las. Gostava que aquilo fosse tudo os nossos, mas fôssemos só uma dúzia, e o meu orgulho era o mesmo.

Na verdade, podia estar lá sozinho, e o orgulho no Leão era exactamente o mesmo. Acho que, para qualquer maritimista, e para qualquer adepto de um não grande, essa é a mais definitiva de todas as vitórias. Não é preciso ganhar mais, ou ganhar sequer; não é preciso ter mais gente, ou estar em maioria na própria casa, sequer. Não é preciso os jornais serem sobre nós, ou falarem de nós, sequer. Benfiquistas, portistas e sportinguistas olharão para isto, e não poderão perceber. É essa a nossa derradeira vitória, porque essa nunca está em jogo, não depende de títulos, nem de mediatismo, nem de status. Somos pequenos, e há pouco aí fora para nós. Não precisarmos, mesmo assim, de nada em troca, é sermos campeões todos os dias.

Não tenho nada contra os benfiquistas que foram aos Barreiros e souberam estar. Dos que lá foram em romaria colonial adorar os senhores da metrópole, de peito bufado e vaidade parola por vestirem a camisola que, para eles, celebra a sofisticação do primeiro mundo, dos que nos festejaram a vitória na cara e gritaram "vão para casa", porque eles, por beberem do néctar do benfiquismo, são supra-madeirenses, desses, sinceramente, tenho pena, como se tem pena de qualquer ignorante que já não tem volta a dar, e que não está remotamente convencido disso. Esses nunca vão perceber que não são melhores por ser do Benfica. Que não são especiais por ser do Benfica. Que o Benfica não é nenhum clube privado que os escolheu, e que toda a gente podia ser do Benfica.

A última ironia é que, na verdade, é dos grandes quem quer, como acontece com todas as coisas que são estupidamente fáceis. Dos outros é quem pode, porque, e o futebol português é esse exemplo acabado, muito pouca gente está disposta a jogar para coisas mais importantes do que ganhar ou perder.