",..., O desporto madeirense não é diferente dos outros sectores da sociedade madeirense, como a saúde e a educação, que sofrem imenso com a falta de dinheiro. Mas, admita-se, o desporto madeirense paga a factura de anos de regabofe, de fartura e de falta de regras.
Marítimo e nacional necessitam e justificam mais dinheiro? Claro que sim! Mas como vão explicar à maioria que sofre que há mais dinheiro para o futebol profissional e não há para outros sectores sectores mais necessitados? E como desprezar todas as outras vertentes do desporto?
Perdeu-se uma soberana ocasião de expressar que, com dificuldades e com menos dinheiro, o futebol profissional sobrevive e pode, na mesma, ter sucesso. E que pode dar um prazer especial aos que mais sofrem.
Querer ser o maior, num quadro geral de dificuldades, à custa da menoridade dos outros, no fundo, a qualquer preço, não me parece um particular mérito. Se não há dinheiro para continuar a comer filete, que se coma lombo, que já é muito bom. Mas há quem queira manter o filete, mesmo que os outros tenham fome.
Perdeu-se uma soberana ocasião de expressar que, com dificuldades e com menos dinheiro, o futebol profissional sobrevive e pode, na mesma, ter sucesso. E que pode dar um prazer especial aos que mais sofrem.
Querer ser o maior, num quadro geral de dificuldades, à custa da menoridade dos outros, no fundo, a qualquer preço, não me parece um particular mérito. Se não há dinheiro para continuar a comer filete, que se coma lombo, que já é muito bom. Mas há quem queira manter o filete, mesmo que os outros tenham fome.
Perdeu-se, ainda, uma soberana ocasião para convencer as pessoas que o futebol profissional tem retorno, que o apoio que lhe é dado, é um investimento e não uma despesa. Perdeu-se essa mensagem no meio de tanta gritaria, entre ameaças e chantagens, avanços e recuos. Já ninguém ouve a razão e todos clamam e reclamam. E é pena, pois a factura deste autismo pode ser bem paga num futuro muito breve." Emanuel Rosa
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